quinta-feira, agosto 31, 2006

Tirania em Nome de Deus?

O homem sempre buscou algo para poder satisfazer as necessidades. Sempre que avia algo que está acima de suas capacidades, ele sempre procurou relacionar com o divino. Seja no nascer das plantas, no crescimento e fortificação das pessoas e até mesmo na morte. Basta simplesmente olhar as mitologias antigas para ver que está bastante relacionado. Até chegou o momento que o homem pensou em ser Deus.

Ainda no antigo Egito, os faraós são adorados e venerados como verdadeiros deuses, ou seja, os filhos de Amon, o deus do Sol. Naquela época, o conceito de Deus está intimamente relacionado a força e opressão aos iminigos, o que era muito comum no Antigo Testamento da Bíblia.
Mais tarde, com a Grécia, muitos acontecimentos foram relacionados aos atos dos deuses no Olimpo. Até então, o homem não usava Deus como arma, o que é muito comum nos dias de hoje. A partir do Império Romano, o homem passa a se sentir o sehnor supremo de dono da verdade. Ninguém poderia desmentir as suas palavras. Foi nesta época que o orgulho supera a pequenas estaturas dos Césares.

Foi na Idade Média que o homem passa a usar a fé como uma arma para matar e destruir, vidas e cidades inteiras. A religião era o principal motivo de conflitos e guerras naquela época. É na mesma idade média, que as autoridades religiosas mantinham a verdade absoluta e inabalável e essas mesmas autoridades tinham o poder de dominar toda a sociedade, baseado nas sagradas escrituras.
Depois do Iluminismo do século XVIII, surge o ateísmo, ou seja, o homem decide abandonar o sagrado e o divino e ele volta a se tornar a verdade absoluta, não exatamente como na época dos romanos, mas apesar disso a pequena minoria dos reinos tinham em suas mãos, a batuta da verdade absoluta. Também é bom frizar que na China e no Japão, os imperadores eram tratados como deuses. Prova disso, poderemos ver no filme "O Último Samurai", em que o Imperador Meiji afirma ao Katsumoto ser o deus vivo.

E chegando ao século XX, inicia-se o grande conflito entre a Igreja e o Estado, que dura até hoje. Com a grande explosão de surgimento de correntes religiosas (especialmente as igrejas protestantes e neopentecostais), o estado finalmente se divorcia da religião, respeitando a democracia ecumênica, ainda proposta implicitamente por Karl Marx. E por falar nisso, os livros como "Manifesto Comunista", "O Príncipe", "A Arte da Guerra" e "O Capital", passaram a ser as sagradas escrituras do mundo moderno, substituindo a Bíblia e o Alcorão.


Por um momento, predominava-se o teocentrismo, ou seja, Deus é o centro do Universo, depois veio o antoprocentrismo, ou seja, o homem é o centro do Universo e hoje há um conflito psicológico entre essas duas filosofias, que já dura anos. Hoje em dia, as corrente religiosas, maiores que na Idade Média foram maiores opressoras da humanidade, agora estão reparando os erros cometidos no passado, como prova o Concílio Vaticano II e o pedido de perdão do Papa João Paulo II a humanidade no ano 1999. O mundo ainda espera a tolerância islâmica, seja dos xiitas ou dos sunitas, mas isso está mostrando sinais claros, como o combate ao terrorismo, promovido pelos próprios países árabes.

sábado, agosto 26, 2006

A Evolução da Cobiça e da Tirania

Desde os primórdios, o homem procurou algo para poder se satisfazer os seus desejos e seus anseios. O homem buscava algo que desse o sentido para a sua vida e que a motivasse a viver. O homem das cavernas, portanto, vivia apenas por subsistência, ou seja, simplesmente saí para caçar e garantir o seu sustento diariamente. A natureza é sábia, ao contrário do homem, na qual ocorriam períodos de seca e de fartura. O homem passou a criar meios para poder superar as dificuldades que a natureza impões, o que vai desde a descoberta do fogo a invenção da Escrita há apriximadamente 5500 anos atrás.

As primeiras guerras eram simplesmente por posse de terras férteis, garantia para o sustento. Quando os primeiros proprietários dos lotes de terras perceberam que podiam ter o controle das pessoas que ali habitam, ele passa a oprimi-las, impedindo que as pessoas na qual ele compartilhe a terra, um dia possa dominar a posse de suas terras, surguindo os primeiros tiranos. Mas a tirania não para por aí. Desde o princípio, a tirania está intimamente relacionada a algo relacionado com o fenomenal, ou seja, a algo divino. Era comum (e até hoje isso acontece) as pessoas praticarem a tirania em nome de Deus, ou dos deuses na qual ele venera. Mas isso nós vamos discutir no próximo artigo.

No decorrer do tempo, quando sugem os faraós e grandes nomes como Alexandre, o grande, o sentido da tirania passa a ter o outro sentido. É nesse momento que o homem não está mais satisfeito com apenas um pedaço de terra, mas de ser um mega-latifundiário, ou seja, dominar várias terras, nações e povos. Até a fundação do Império Romano, a liberdade de expressão e cultural ainda era respeitada. Foi aí que a tirania passa a invadir também o pensamento filosófico e cultural, influenciando vários povos, fazendo com que o conceito de liberdade de expressão seja pejorativa. A partir da Idade Média, Deus passa a ser o "motivo" da tirania dos homens, onde o amor e a compaixão é trocada pela força e espada. Os domínios de territórios, passa a ter intimidade com a fé e religião, ou seja, o contato com o divino.

Foi então com os pensadores como Leonardo da Vinci, Adam Smith, Karl Marx, que vieram a nova tática de dominar o mundo: dividir para conquistar. Ao mesmo tempo, surgem tiranos fracassados como Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler, onde o objetivo dessa tiranina, é simplesmente a auto-promoção, ou seja, o homem passa a assumir o papel de Deus. E finalmente, no século XX, surge a tirania do
capital, promovida pelos Estados Unidos e da sociedade, defendida pelos soviéticos. Dessas duas tiranias, surgiram tantas ditaduras locais, como a de Cuba, Iraque, China Argentina e até mesmo o Brasil, onde a auto-promoção, inspirada, pelo principal ícone da Revolução Francesa, bem como o líder do Nazismo dominam apenas uma sociedade.

De todo esse tempo, o pensamento do homem evoluiu. O que antes era para ter mais terras férteis, hoje era por simplesmente a auto-promoção. O que antes a guerra era usando espadas e armas, hoje se guerreia aumentando taxas de juros e boicotes econômicos. Como eu disse no artigo anterior, o músculo cedeu seu lugar ao neurônio.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Um Homem no Centro da Sociedade

Essa idéia ou conceito de superioridade e inferioridade, sempre existiu desde os antigos povos da Mesopotâmia, quando surgiu os primeiros povos e reinados sobre a face da terra. Naquela época, o conceito de liderança é semelhante ao coneito de chefe de família, onde ele tem poder sobre uma pequena quantidade de pessoas. Hoje em dia, você não precisa dominar uma nação para se tornar um homem poderoso, basta apenas liderar um pequeno grupo que tem uma grande influência sobre a massa.

Em qualquer situação, nenhum homem da face da terra chegou ao poder sem o auxílio ou ajuda de alguém, ou seja, para cada Cérebro que tentou dominar o mundo, sempre houve um Pinky. Ele sempre precisa estar acompanhado de alguém para poder executar planos mirabolantes para dominar uma sociedade. Essa técnica foi aperfeiçoada no século XVIII, com os ingleses, que até o século passado tiveram a grande influência no mundo inteiro, usando a grande máxima: dividir para conquistar. É bom lembrar que antigamente, usava-se a força bruta (física), mas hoje, para dominar a sociedade, é necessário ter inteligência e ser estrategista, ou seja, os músculos deram lugar aos neurônios, mas isso eu vou discutir com mais detalhes nos próximos posts.

O grande segredo da liderança, está no poder da influência, ou seja, o poder de conquistar pessoas, seja através da força ou da cativação, mas também é importante considerar o poder de sedução, pois nenhum ser humano gosta de passar por problemas ou até mesmo sentir dor. É saber atacar as feridas das pessoas, mostrando soluções para aliviá-los, mostrando o respeito e consideração. É também mostrar o sentido da vida ao ser humano (a chave principal). O homem das cavernas não tinha nenhum sentido da vida, ele só se preocupa em sair para caçar e comer, mas a partir do momento que um destes descobre que há um meio de viver a vida satisfatoriamente, ele passa a ter muitos seguidores, surgindo os primeiros líderes. No próximo texto, vamos falar da evolução da tirania.